RIO PRETO TV

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

R$ 18 milhões e 68,4% das medalhas: 'força militar' impulsiona pódios no Rio-2016

Arthur Zanetti, campeão em Londres-2012, conquistou a prata nas argolas nos Jogos Olimpicos de 2016. Ao subir no pódio para receber a medalha na Arena Olímpica, prestou continência, gesto que se repetiu mais de dez vezes entre os brasileiros no Rio de Janeiro. O ginasta se uniu à Força Aérea Brasileira há menos de dois meses e engordou a lista de atletas militares do Brasil, número que disparou em quatro anos.
O Paar (Programa Atletas de Alto Rendimento), projeto de incentivo das Forças Armadas do país, tinha estabelecido uma meta para os Jogos Olímpicos: que os atletas militares conquistassem ao menos dez medalhas. O objetivo foi superado. Dos 19 pódios do Brasil no Rio, 13 foram deles, o que corresponde a 68,4%. Dos 465 esportistas que representaram o país, 145 são militares, ou 31,1%.
As medalhas de oficiais em casa foram: Felipe Wu (prata no tiro esportivo), Arthur Nory (bronze na ginástica artística) e Arthur Zanetti (prata); Thiago Braz (ouro no salto com vara), Robson Conceição (ouro no boxe), Ágatha-Bárbara (prata no vôlei de praia), Rafaela Silva (ouro no judô), Mayra Aguiar (bronze) e Rafael Silva (bronze); Poliana Okimoto (bronze na maratona aquática), Martine-Kahena (ouro na vela), Bruno-Alison (ouro no vôlei de praia) e Maicon Siqueira (bronze no boxe).
O número de atletas e de pódios é bem superior a Londres-2012. Há quatro anos, apenas 19,6% dos atletas eram das Forças Armadas: 51 de 259. E das 17 medalhas conquistadas pelo país, cinco foram de oficiais, ou 29,4% delas: bronze de Felipe Kitadai (judô), Mayra Aguiar (judô), Rafael Silva (judô) e Yane Marques (pentatlo) e ouro de Sarah Menezes (judô).
Até este ano, o valor investido era de aproximadamente R$ 15 milhões em salários e outros R$ 3 milhões na compra de equipamentos, em reformas de locais de treinos e organização de competições. No que depender do governo federal, a equipe das Forças Armadas continuará recebendo apoio. No início de agosto, o Ministério da Defesa anunciou a continuidade do Paar, com cerca de R$ 18 milhões assegurados para 2017.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Impeachment: Senado decide levar Dilma a julgamento

O Senado decidiu levar a presidente Dilma Rousseff ao julgamento final no processo de impeachment. Foram 59 votos nessa direção e 21 contrários. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou. O resultado sinaliza que o afastamento deve ser definitivo, uma vez que na fase final são necessários 54 votos entre os 81 senadores.
Os senadores decidem sobre a pronúncia, decisão de levar a julgamento, em cinco votações. Eles já rejeitaram preliminares apresentadas pela defesa e aprovaram que ela irá a julgamento pela edição de um decreto de crédito suplementar que seria incompatível com a meta fiscal. Analisarão ainda em votações separadas outros dois decretos e a acusação de "pedalada fiscal" por atrasos de repasses do Tesouro ao Banco do Brasil por despesas do Plano Safra.
Caberá agora aos juristas responsáveis pela acusação preparar o libelo acusatório para o julgamento final. Eles pretendem fazer isso ainda nessa quarta-feira. Com isso, o julgamento poderá, pelos prazos previstos na lei do impeachment, a partir do dia 23 de agosto.
Em seu relatório, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que Dilma teria praticado um atentado à Constituição com esses atos e, por isso, merecia ir a julgamento. Ele afirmou que Dilma tinha a obrigação de realizar os pagamentos relativos às pedaladas e que os decretos editados por ela eram incompatíveis com a meta fiscal e foram adotados sem autorização do Congresso.
A defesa, por sua vez, argumenta que não há ato de Dilma nas pedaladas. Sustenta que a decisão sobre os pagamentos não eram de sua alçada e questionam o entendimento de que os atrasos transformariam a relação com o Banco do Brasil em operação de crédito, prática vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Sobre os decretos, sustenta que pareceres técnicos sustentavam a edição e que eles não impactavam na meta porque os créditos só poderiam ser usados de acordo com os limites de contingenciamentos.
O Palácio do Planalto e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), atuaram durante todo o dia de ontem para agilizar a votação. O governo orientou os senadores aliados a não “caírem em provocações” dos defensores de Dilma e incentivou desistências de discursos para abreviar a sessão.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandoswki, que assumiu ontem o comando do processo de impeachment, tornou-se um aliado inesperado, ao impor desde cedo celeridade à sessão.
A decisão da acusação de antecipar seus prazos vai impactar a estratégia da defesa. Os advogados da presidente afastada terão somente até sexta-feira para apresentar sua contestação à acusação.
— Até o início da tarde será apresentado. É um resumo, uma síntese da acusação. É mera formalidade — disse ao GLOBO Miguel Reale Jr., negando que tenha recebido qualquer pedido direto do Palácio do Planalto para antecipar a entrega dos documentos.
Fonte: Agência O Globo

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Brasil segura a Espanha na última bola e vence a primeira no basquete

Reação tem sido a palavra chave da Seleção Brasileira masculina de basquete na Olimpíada do Rio de Janeiro. Depois de quase conseguir uma virada histórica sobre a Lituânia na estreia, a equipe nacional venceu a Espanha por 66 a 65, nesta terça-feira. na Arena Carioca 1, obtendo seu primeiro triunfo na competição.
Rubén Magnano promoveu duas alterações no time titular em relação à estreia: saíram Alex e Rafael Hettsheimeir, e entraram Marquinhos e Augusto Lima. Marcelinho Huertas, Leandrinho e Nenê completaram o quinteto. Com essa formação, o Brasil começou muito melhor do que contra a Lituânia e chegou a abrir oito pontos de vantagem, vencendo o primeiro quarto por 18 a 13.
No segundo período, com a entrada dos reservas, a Espanha fez valer a força de seu elenco e virou faltando 3:55: 28 a 27. Mas a Seleção não deixou os europeus dispararem, reagiu e foi para o intervalo vencendo por 34 a 31.
Logo no começo do terceiro período, com o time titular de volta, Marquinhos e Nenê chegaram à terceira falta e tiveram que sair. Alex e Felício entraram. Apesar das mudanças forçadas, a Seleção conseguiu uma bela corrida para abrir 42 a 33. A partir daí, os problemas com faltas dos anfitriões pesaram, e a Espanha chegou a empatar em 45 a 45. Mas o Brasil reagiu a tempo de fechar o quarto vencendo por 53 a 45.
A parcial final começou com o Brasil abrindo 56 a 45, mas fazendo três faltas logo nos primeiros minutos. Quando a Seleção estourou o limite, a Espanha chegou na base dos lances livres e chegou a virar faltando pouco mais de dois minutos: 64 a 63. A partir daí, os dois times mostraram dificuldades para pontuar no 5 contra 5.
Após dois lances livres desperdiçados por Pau Gasol, Marquinhos corrigiu arremesso errado de Marcelinho Huertas e colocou o Brasil à frente faltando 5,5 segundos: 66 a 65. Na última posse espanhola, Sergio Lull errou arremesso, e a vitória da Seleção foi decretada.
O Brasil volta a jogar na quinta-feira, novamente às 14h15, na Arena Carioca 1, contra a Croácia. No mesmo dia, às 19h, a Espanha enfrenta a Nigéria.

Rafaela Silva desabafa: 'O macaco que tinha que estar na jaula hoje é campeão'

Em entrevista à Rede Globo nesta segunda-feira (8), após receber a medalha de ouro conquista no judô, Rafaela Silva lembrou das dificuldades até a caminhada a tão sonhada medalha.
Com um wazari, a judoca bateu na final Sumiya Dorjsuren, da Mongólia e atual líder do ranking, para dar ao Brasil sua segunda medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
“Eu tinha visto a chave. Eu esperava que ela fosse passar na chave e que a gente se cruzaria; eu só pensava que não queria sentir aquela sensação de novo”, disse, relembrando a derrota para a adversária na segunda rodada em 2012.
Vitima de racismo nas redes sociais após a derrota para Symiya, Rafaela Silva se que a história já passou, mas fez um desabafo. “Já passou, tem quatro anos. Eu só posso falar: o macaco que tinha que estar na jaula em Londres hoje é campeão olímpico em casa. Hoje eu não sou a vergonha para a minha família”, declarou a brasileira, relembrando a preocupação com o reencontro diante de Karakas – a húngara foi sua rival nas quartas de final em 2016.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Na abertura dos Jogos, Suécia supera a África do Sul no futebol feminino

No primeiro evento das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, a Suécia venceu a África do Sul, por 1 a 0, no Engenhão, pelo grupo E do futebol feminino. O gol das europeias foi marcado por Fischer, já na metade final da partida, em falha da goleira Barker.
A Suécia teve as chances mais claras do primeiro tempo, e a maioria no início da partida. Logo aos 4, Jakobsson finalizou forte, mas a bola acertou a trave. Logo depois, Schelin teve boa chance, mas não conseguiu balançar a rede.
Após o bom início, as europeias perderam o ímpeto e as africanas conseguiram se organizar. O jogo tornou-se lento, sem emoções. Assim, as equipes foram para o intervalo empatadas, sem gols.
No segundo tempo, a situação manteve-se igual. A Suécia dominando a partida, mas sem conseguir pressionar para abrir o placar. A goleira da África do Sul, Barker, teve trabalho em alguns momentos, e fez boas defesas. Porém, aos 29, ela falhou, e o time europeu abriu o placar.
As europeias cruzaram a bola na área, e a arqueira saiu mal. Na sequência, novo levantamento, e nova falha da goleira. Fischer não perdoou e empurrou para as redes, marcando o primeiro gol dos Jogos Olímpicos.
Após o tento, a equipe comandada por Pia Sundhage, técnica bicampeã olímpica pelos Estados Unidos, manteve o domínio e administrou a vitória, sem maiores dificuldades.

Na próxima rodada, as suecas encaram a Seleção Brasileira, no sábado, às 22 horas (de Brasília), novamente no Engenhão. As africanas, por sua vez, terão a China pela frente, no mesmo estádio, às 19 horas.